Economia
Pesquisa do CRECISP revela alta nas vendas e locações, com destaque para imóveis de dois dormitórios

Venda e locação de imóvel residencial usado aumentam na região em abril

Mercado imobiliário demonstra aquecimento, com altas de 17,41% nas vendas e 32,49% nas locações, de acordo com CRECISP; levantamento aponta mudanças no perfil do consumidor e ainda preferência por imóveis mais acessíveis

A região de Campinas segue em ritmo de crescimento no mercado imobiliário, conforme aponta pesquisa divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP), com dados referentes ao mês de abril. O levantamento abrangeu 59 imobiliárias de 15 municípios — entre eles Hortolândia, Sumaré, Paulínia, Nova Odessa e Monte Mor — e apontou aumento de 17,41% nas vendas de imóveis residenciais usados e alta ainda mais expressiva, de 32,49%, no número de contratos de locação assinados, em comparação com o mês anterior.

Segundo o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, os resultados refletem um mercado resiliente e em expansão. “Mesmo com oscilações pontuais, como a retração nas vendas em março, os números acumulados do ano mostram uma curva positiva. O setor vem sendo impulsionado pela confiança do consumidor, pelo crescimento econômico da região e pela busca por soluções habitacionais flexíveis e bem localizadas”, explicou.

PERFIL DAS VENDAS

Os imóveis vendidos em abril concentraram-se, em sua maioria, na faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. Casas representaram 43% do total de vendas e apartamentos, 57%. A maior parte das casas vendidas possuía dois dormitórios (63,6%) e área útil entre 51 e 100 m² (63,6%). Já os apartamentos tinham, em sua maioria, dois dormitórios (83,3%) e área de até 50 m² (66,7%).

Com relação à localização, metade das unidades vendidas estavam situadas em bairros periféricos, enquanto 28,6% estavam em regiões centrais e 21,4% em áreas nobres. A modalidade de financiamento predominante foi por meio da Caixa Econômica Federal, responsável por 77,3% das transações, seguida por venda direta com o proprietário (13,6%) e financiamentos por outros bancos (4,5%). Apenas 4,5% dos imóveis foram adquiridos à vista. Quanto à negociação, 34,8% foram vendidos pelo valor anunciado, enquanto o restante teve algum tipo de desconto.

LOCAÇÕES EM ALTA

Na locação, as casas também lideraram a demanda, representando 77% dos contratos fechados, enquanto os apartamentos ficaram com 23%. A faixa de preço mais buscada foi entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00. Casas de até três dormitórios e apartamentos de até dois dormitórios foram os mais alugados. A área útil média dos imóveis locados variou entre 50 e 200 m² para casas e até 50 m² para apartamentos.

As garantias mais utilizadas pelos inquilinos foram o fiador (50%) e o seguro-fiança (35,3%). O perfil de localização dos imóveis locados manteve equilíbrio: 38,2% dos contratos foram para imóveis no Centro das cidades, 35,5% em áreas periféricas e 26,3% em bairros nobres. Entre os motivos de mudança, 38,7% dos inquilinos migraram para imóveis com aluguel mais caro, 37,1% buscaram opções mais baratas, e 24,2% não especificaram a razão.

TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO

A pesquisa do CRECISP também mostra a evolução dos números ao longo do ano. Em 2025, o acumulado até abril registra aumento de 57,98% nas vendas e 82,16% nas locações, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A tendência revela um dinamismo crescente, especialmente em cidades da Região Metropolitana de Campinas, que vêm atraindo novos moradores e investimentos devido à sua infraestrutura, diversidade econômica e posição estratégica.

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