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2ª Vara Criminal de Sumaré apontou culpabilidade do réu por tentativa de roubo

Ladrão que lutou por dez minutos com vítima é condenado em Sumaré

Um ladrão, acusado de lutar contra o dono de uma residência em Sumaré por cerca de 10 minutos na madrugada de 3 de dezembro do ano passado acaba de ser condenado pela Justiça por tentativa de roubo qualificado pelo uso de arma de fogo.

Segundo decisão da 2ª Vara Criminal de Sumaré, o réu pulou o muro de cerca de 3 metros da residência e tentou invadir a casa quebrando uma das janelas com o cabo de um revólver. O morador, que estava acordado enquanto a esposa tomava banho e os dois filhos dormiam, ouviu o barulho e foi verificar o que ocorria, sendo surpreendido pelo assaltante apontando a arma em sua direção e exigindo dinheiro.

A cena que se seguiu foi de intensa violência e desespero. O homem, tentando proteger a família — incluindo menores de 9 e 14 anos — reagiu e iniciou uma luta corporal com o invasor, que tentava forçar a entrada pela janela quebrada. Durante o confronto, a arma caiu, e o filho mais velho ajudou a afastá-la, enquanto o pai imobilizava o agressor.

O embate durou cerca de 10 minutos até que familiares e vizinhos chegaram para ajudar. A polícia foi acionada e prendeu o criminoso em flagrante. A perícia confirmou que a arma utilizada estava apta a efetuar disparos, o que reforçou a tese da acusação sobre a real ameaça à integridade da vítima. Durante o julgamento, a defesa tentou desqualificar a tentativa de roubo majorado, alegando que o revólver estava desmuniciado e sem potencial lesivo. A Justiça, no entanto, rejeitou a tese.

Na sentença, o juiz Leonardo Delfino destacou a “culpabilidade exacerbada” do réu, ressaltando a gravidade do crime praticado dentro da residência da vítima, durante a madrugada, e com uso de arma de fogo. A tentativa só não foi consumada graças à reação do morador, que, mesmo ferido, conseguiu impedir o roubo.

O crime foi classificado como tentativa de roubo qualificado pelo uso de arma de fogo. A família relatou trauma psicológico após o episódio. O filho mais novo passou a ter medo de dormir sozinho, e foram necessárias medidas adicionais de segurança. O morador sofreu cortes que exigiram atendimento médico e pontos.


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