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Sanchez afirma que indústria farmacêutica tem tecnologia, mas falta tirar ‘travas’ que limitam potencial

Regulação é empecilho para setor farmacêutico brasileiro, aponta vice-presidente da EMS

Executivo da multinacional, Marcus Sanchez, foi um dos painelistas de evento da Esfera Brasil com participação de ministros, governadores e empresários para debater desenvolvimento do país

Durante o 4º Fórum Esfera, evento que reuniu, no Guarujá, autoridades dos Três Poderes e líderes empresariais neste início de junho para discutir temas estratégicos para o Brasil, o vice-presidente da EMS, multinacional instalada em Hortolândia, Marcus Sanchez, trouxe um alerta sobre os desafios regulatórios que impactam o setor farmacêutico brasileiro.

Sanchez participou do painel “Saúde Inteligente: Inovação como Política Pública” e enfatizou que a indústria farmacêutica nacional “é pujante, uma realidade consolidada no país”, com uma grande capacidade de inovação, pesquisa e desenvolvimento já instalada e pronta para atender ao mercado e às atuais e crescentes demandas de saúde da população.

No entanto, ele apontou que, do ponto de vista do regulador, há ainda a necessidade de um alinhamento, de atualização e de um olhar diferenciado para todo o avanço já ocorrido. “A regulação foi criada corretamente, mas em um outro contexto, quando a indústria nacional ainda focava na cópia de medicamentos. O mundo evoluiu. O Brasil evoluiu. As empresas evoluíram e precisamos avançar também em termos regulatórios”, afirmou, destacando que a missão da agência reguladora ainda não contempla a inovação de forma intrínseca, o que cria barreiras para o desenvolvimento tecnológico tão desejado e necessário ao Brasil.

A fala de Marcus Sanchez reforçou a urgência de uma modernização regulatória, garantindo a continuidade do crescimento e do investimento robusto em tecnologia e inovação. Ao contrário de outros setores, o farmacêutico está pronto para elevar o Brasil a um outro patamar de realizações, conquistas, competitividade e visibilidade, segundo o executivo da EMS. “Nós, da indústria farmacêutica nacional, já temos tecnologia para jogar de igual para igual. Isso é realidade, já é presente, não é futuro. Precisamos de um apoio e da quebra das travas que limitam o nosso potencial”, afirma.

Além da inovação, o Fórum Esfera abordou outros temas urgentes para o Brasil, como sustentabilidade, infraestrutura, cenário econômico e transição energética. Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados; Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central; e Luis Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, participaram do evento, entre outros nomes.

A EMS é o maior laboratório farmacêutico no Brasil, líder de mercado há 19 anos consecutivos, e pertencente ao Grupo NC. Com mais de 60 anos de história e 7,3 mil colaboradores, atua nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, OTC e non-retail, fabricando produtos para praticamente todas as áreas da Medicina. A empresa possui unidades produtivas em Hortolândia, onde está o seu tecnológico Centro de P&D e a moderna fábrica de embalagem de medicamentos sólidos.

 Com negócios em 56 países, a EMS tem um dos maiores números de estudos clínicos do país e aproximadamente 100 patentes concedidas ou em análise pelo Brasil e pelo mundo. Ainda, mantém um histórico consistente de iniciativas sociais, culturais, ambientais e esportivas dentro e fora do país como mais uma forma concreta de promover saúde e qualidade de vida.

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