Moradores de Sumaré e Hortolândia são condenados por participação em plano de sequestro de Sérgio Moro
Claudinei Gomes Carias, de 45 anos, Herick da Silva Soares, 24, e Franklin da Silva Correa, 29, são de Sumaré; e Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, 34, de Hortolândia; Moro agradeceu pelas condenações e quer saber quem é o mandante
Cézar Oliveira | Tribuna Liberal
A juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal em
Curitiba, condenou oito réus, sendo cinco pessoas da região pelo planejamento
do sequestro do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) e ex-juiz federal
da Operação Lava Jato. Segundo as investigações, os envolvidos são ligados ao
Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os condenados estão Claudinei Gomes
Carias, de 45 anos, Herick da Silva Soares, de 24 anos, e Franklin da Silva
Correa, de 29 anos, de Sumaré; e Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, de 34
anos, de Hortolândia.
Eles foram condenados por organização criminosa e tentativa
de extorsão mediante sequestro com penas de 5 a 14 anos de reclusão. Em março
de 2023, a Polícia Federal deflagrou uma operação que tinha como alvo pessoas
ligadas à facção criminosa que pretendiam realizar ataques contra servidores
públicos e autoridades, entre eles Moro. Na época, nove pessoas foram presas.
As investigações apontaram que o plano contra Moro foi uma
retaliação motivada por mudanças no regime de visitas em presídios,
estabelecidas enquanto ele foi ministro da Justiça e da Segurança Pública no
governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ainda conforme as investigações, criminosos também
trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a
liberação de Marcola, condenado a mais de 300 anos de prisão por crimes como
roubo, tráfico de drogas e organização criminosa e apontado como um dos chefes
do PCC.
Na época, ao menos dez criminosos se revezavam no
monitoramento da família do senador em Curitiba, segundo a polícia. Em maio de
2023, 13 pessoas se tornaram réus por planejar o ataque contra Moro. No
entanto, ao longo do processo, dois morreram na prisão. Outros três acusados
foram absolvidos. Moro agradeceu às autoridades nas redes sociais pelo
reconhecimento, prisão e condenação dos criminosos.
“Agradeço ao Ministério Público do Estado de São Paulo, à
Polícia Federal, à polícia de São Paulo e do Paraná, ao Ministério Público
Federal e à Justiça Federal pelo trabalho realizado. Falta descobrir o mandante
do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo.
Solicitarei providências nesse sentido ao ministro da Justiça. Não nos
curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas
severas contra o crime organizado”, disse. Em outra publicação, o senador
afirmou que “o PCC deve ser tratado como uma organização terrorista”.
A reportagem não localizou a defesa dos moradores de Sumaré
e Hortolândia condenados.
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