Política
Na central do Smart Sampa, agentes monitoram imagens ao vivo de milhares de câmeras pela cidade

Sumaré vai implantar Smart, programa já aprovado por 91% da população de SP

Inspirado no Smart Sampa, ação na cidade apostará em câmeras inteligentes, reconhecimento facial e IA para modernizar segurança pública; na capital paulista, sistema resultou em mais de 2,3 mil prisões em flagrante em menos de dois anos

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Sumaré vai adotar um dos modelos mais modernos de segurança urbana do país. Inspirado no Smart Sampa, sistema de vigilância inteligente implementado pela Prefeitura de São Paulo, o novo Smart Sumaré pretende integrar tecnologia de ponta à segurança pública e transformar a gestão urbana. O projeto está em fase de planejamento, mas já desperta expectativas positivas, especialmente diante dos resultados obtidos na capital.

Em São Paulo, o Smart Sampa tem aprovação de 91% da população, segundo pesquisa do Instituto Real Time Big Data recém-divulgada. Lançado oficialmente em agosto de 2023, o programa foi idealizado com base em critérios técnicos e estruturados por meio de edital público vencido pelo consórcio Smart City SP. Hoje, é considerado o maior sistema de monitoramento inteligente da América Latina.

Números expressivos mostram o impacto da tecnologia, como 2.344 pessoas presas em flagrante desde o início do programa; 1.166 foragidos da Justiça capturados com auxílio das câmeras inteligentes; 848 prisões realizadas apenas em 2025; 89 prisões feitas somente em maio deste ano; e 64 pessoas desaparecidas foram localizadas graças ao sistema de reconhecimento facial.

Esses resultados são fruto da atuação coordenada da Central de Monitoramento do Smart Sampa, inaugurada em julho de 2024. Localizada no Centro Histórico, ela opera 24 horas por dia, com cerca de 250 agentes da Guarda Civil Metropolitana e da Defesa Civil. A estrutura moderna permite o encaminhamento imediato das ocorrências às viaturas mais próximas, garantindo agilidade no atendimento a crimes e outras emergências.

Além das 25 mil câmeras já instaladas, o programa tem previsão de alcançar 40 mil unidades com a integração de equipamentos da iniciativa privada. Por meio de um chamamento público, qualquer empresa ou cidadão pode autorizar o compartilhamento de imagens com o sistema, desde que respeitem os padrões técnicos e de proteção de dados definidos pela prefeitura.

As câmeras são posicionadas em locais estratégicos com base em mapas de calor da criminalidade. Dotadas de inteligência artificial, elas são capazes de identificar placas de veículos roubados, atos de vandalismo, descarte irregular de lixo e até movimentações suspeitas em áreas públicas. As imagens também são cruzadas com bancos de dados da Polícia Civil, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e de outros órgãos, otimizando a atuação integrada entre diferentes frentes de segurança.

Em Sumaré, o projeto vai seguir diretrizes semelhantes. A proposta inclui a instalação de câmeras com reconhecimento facial, leitura automática de placas de veículos, além de um sistema integrado de análise de dados para ações preventivas e respostas imediatas. A chamada Muralha Paulista — sistema de controle dos acessos viários — também será implementada.

Segundo a Prefeitura de Sumaré, o Smart Sumaré será desenvolvido em parceria com empresas especializadas, respeitando os protocolos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O número de câmeras e o volume de investimentos ainda estão em estudo.

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