Zezé Gomes cobra ações emergenciais do Estado e regionalização da saúde
Zezé Gomes cobra ações emergenciais do Estado e
regionalização da saúde
Prefeito de Hortolândia reconhece a importância do Hospital Metropolitano, mas alerta para a urgência de medidas que atendam população da Região Metropolitana de Campinas, que enfrenta série de filas e sobrecarga no sistema de saúde
Durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), realizada nesta quarta-feira (23), a secretária-executiva de Saúde, Priscilla Perdicaris, apresentou o projeto técnico e a divisão dos leitos do novo Hospital Metropolitano, que será construído em Campinas, com previsão de entrega em até dois anos. A unidade terá capacidade de até 400 leitos, com foco em atendimentos de média e alta complexidade, sendo referência para 42 municípios.
Embora a iniciativa
represente um avanço para a saúde pública da região, o prefeito de Hortolândia,
Zezé Gomes (Republicanos), aproveitou a ocasião para fazer um importante alerta
ao Governo do Estado. Zezé parabenizou o anúncio da construção do hospital, uma
obra aguardada há mais de uma década, mas destacou que ações emergenciais
precisam ser adotadas imediatamente, sob risco de mais vidas se perderem
enquanto a obra não é concluída.
“Se tudo der certo, teremos que aguardar 24 meses para que o
Hospital esteja pronto. Mas temos necessidades emergenciais que exigem uma
intervenção agora. É fundamental que o Estado libere recursos para que os
municípios possam contratar exames, ampliar leitos e oferecer atendimento
humanizado. Tem gente morrendo na fila de espera”, frisou Zezé.
O Hospital Metropolitano será instalado na Avenida Prefeito
Faria Lima, em Campinas, próximo ao Hospital Municipal Dr. Mário Gatti e ao AME
(Ambulatório Médico de Especialidades).
Apesar de reconhecer o potencial impacto positivo da nova
unidade, Zezé Gomes fez questão de enfatizar que a crise atual no sistema de
saúde não pode aguardar a finalização da obra. O prefeito cobrou ações
imediatas da Secretaria de Estado da Saúde, como a liberação de recursos
financeiros para contratação direta de exames e leitos hospitalares pelos
municípios.
Zezé também apontou a necessidade de retomar o compromisso
do governo estadual com a regionalização da saúde, por meio do fortalecimento
da CROSS (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), que deveria
redistribuir as demandas médicas de forma mais eficiente entre os municípios da
região.
“A proposta de regionalizar a oferta de vagas por meio da
CROSS ainda não teve o andamento necessário. Precisamos de um posicionamento
claro do Estado. A saúde do povo não pode esperar o hospital ficar pronto”,
completou.
Enquanto isso, o governo estadual informou que, para
minimizar os gargalos, está em andamento um chamamento público para realização
de 4 mil procedimentos médicos, entre cirurgias, consultas e exames, via
convênios com prestadores particulares.
Para Zezé Gomes, a medida é válida, mas ainda insuficiente
diante do tamanho da demanda enfrentada pelos municípios. Ele concluiu sua fala
pedindo mais sensibilidade do Estado com as prefeituras que estão “na linha de
frente” do atendimento à população.
A reunião do Conselho da RMC, além de apresentar os detalhes
técnicos do Hospital Metropolitano, evidenciou a urgência de um plano de ação
emergencial para a saúde pública regional. “Enquanto o futuro hospital promete
um novo patamar de atendimento, o presente exige respostas rápidas e concretas
para salvar vidas agora”, finalizou o prefeito de Hortolândia.
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