Economia
Investimento em moradia predomina como o maior gasto de Sumaré e região, aponta pesquisa

Sumaré lidera potencial de consumo e região deve movimentar R$ 37,6 bi

Com gasto diário superior a R$ 102,7 milhões, cinco municípios da região se destacam no cenário nacional de consumo; Sumaré figura entre as 91 cidades com maior poder de compra do Brasil; habitação fica com a maior parte dos recursos

O Índice de Potencial de Consumo (IPC Maps) 2025 confirmou a força econômica dos municípios da região, que juntos somam um poder de compra estimado de mais de R$ 37,6 bilhões ao longo do ano. Os dados indicam que os moradores das cinco cidades — Sumaré, Hortolândia, Paulínia, Nova Odessa e Monte Mor — gastam, em média, R$ 102,7 milhões por dia, movimentando os mais diversos setores da economia.

Sumaré aparece como a cidade com maior poder de compra regional, com consumo projetado em R$ 13,4 bilhões em 2025. O município também figura entre os 91 com maior potencial de consumo entre as 5.570 cidades brasileiras, além de ocupar o 29º lugar entre os 645 municípios do Estado de São Paulo. O principal destino dos gastos em Sumaré será a habitação, com previsão de R$ 3,8 bilhões ao longo do ano.

Hortolândia vem logo em seguida, com um volume de consumo estimado em R$ 10,8 bilhões. O município aparece entre os 121 maiores consumidores do Brasil e na 38ª colocação dentro do estado paulista. Assim como em Sumaré, a habitação lidera os gastos, com R$ 3 bilhões projetados para este segmento na cidade.

Paulínia também se destaca, com um total de R$ 7,2 bilhões em consumo anual, dos quais R$ 1,9 bilhão devem ser destinados à habitação. O município tem uma economia fortemente influenciada pelo setor industrial, mas o consumo doméstico mostra força crescente.

Nova Odessa tem potencial de consumo de R$ 3,1 bilhões, com a maior fatia — R$ 882,6 milhões — também concentrada em habitação. Já Monte Mor completa o mapa regional com R$ 3,1 bilhões em gastos previstos para 2025, sendo mais de R$ 880 milhões também para moradias.

A predominância da habitação como principal categoria de gasto indica uma busca contínua por melhorias na qualidade de vida, infraestrutura e moradia, além de refletir o crescimento populacional e urbano dos municípios analisados.

Para especialistas, o desempenho da região é um reflexo direto da expansão industrial, da melhoria dos índices de renda e da consolidação de polos logísticos e tecnológicos. A projeção também serve como termômetro para o comércio e o setor de serviços, que podem usar essas informações para planejar investimentos e estratégias de mercado nos próximos meses.

“Estou procurando uma casa em Sumaré desde o começo do ano. Os preços subiram bastante, mas ainda vejo como um bom investimento. A cidade está crescendo muito e tem bastante oferta”, disse Renata Oliveira, de 34 anos.

“Decidimos sair do aluguel e financiar um apartamento em Hortolândia. Mesmo com os juros ainda altos, a parcela vai sair mais em conta do que o que pagamos de aluguel hoje”, comentou Carlos Menezes, de 41 anos.

EM CRESCIMENTO, CONSUMO BRASILEIRO PASSARÁ DE R$ 8 TRILHÕES

As famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 8,2 trilhões ao longo deste ano. Com base na estimativa atual de 2% do PIB, essa movimentação representará um aumento real de 3,01% em relação a 2024. Esses são dados do anuário IPC Maps 2025, que revela um cenário de otimismo para o consumo com níveis percentuais bem acima aos da economia. 

Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, a “melhoria dos níveis de emprego com carteira assinada proporcionou uma garantia de renda ao trabalhador, refletindo diretamente na escalada dos valores de consumo”.

Liderando o panorama econômico, a classe B2 representa cerca de R$ 1,8 trilhão dos gastos e, junto à B1, estão presentes em 22,1% dos domicílios, assumindo 40% (mais de R$ 3 trilhões) de tudo o que será desembolsado pelas famílias brasileiras. Na sequência, abrangendo quase metade das residências (47,5%), estão C1 e C2, que deverão gastar pouco menos de R$ 2,6 trilhões (34,4%). 

Já o grupo D/E, que ocupa 27,7% das moradias, consumirá cerca de R$ 737,9 bilhões (9,8%) até o final do ano. Embora em menor quantidade (apenas 2,7% das famílias), a classe A vem, cada vez mais, se distanciando socialmente dos menos favorecidos e ampliando sua movimentação para quase R$ 1,2 trilhão (15,9%).  

PROJEÇÃO REGIONAL DE CONSUMO 2025

Sumaré: R$ 13,4 bilhões

Hortolândia: R$ 10,8 bilhões

Paulínia: R$ 7,2 bilhões

Nova Odessa: R$ 3,1 bilhões

Monte Mor: 3,1 bilhões

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