Câmara aprova adesão de Sumaré a consórcio intermunicipal de saúde
Em regime de urgência, vereadores deram aval para prefeitura firmar protocolos de intenções para ações conjuntas em atendimentos médico-hospitalares de média e alta complexidade e aquisição compartilhada de equipamentos
Paulo Medina | Tribuna Liberal
A Câmara de Sumaré aprovou nesta terça-feira (15), em regime
de urgência, por 16 votos a 4, projeto de lei de autoria do prefeito Henrique
do Paraíso (Republicanos), que autoriza o município a entrar em consórcios
intermunicipais de saúde. O objetivo da proposta é ampliar a oferta de
serviços, otimizar recursos e aprimorar a gestão da saúde por meio da
cooperação entre cidades vizinhas.
Com a aprovação da proposta, Sumaré poderá firmar protocolos
de intenções com outros entes federativos para desenvolver ações conjuntas em
diversas frentes, como atendimentos médico-hospitalares de média e alta
complexidade, aquisição compartilhada de equipamentos e insumos para a rede
pública, contratação de profissionais da saúde, promoção de programas de
prevenção e cuidados, transporte sanitário e emergencial intermunicipal, além
da gestão compartilhada de unidades de saúde de interesse regional.
A adesão a consórcios intermunicipais é uma estratégia para
melhorar o acesso à saúde sem comprometer o orçamento municipal, uma vez que
nesse tipo de modelo há esforço coletivo entre os municípios para dividir
custos elevados e garantir serviços que muitas vezes estão além da capacidade
individual de cada cidade.
A nova proposta estabelece que os repasses financeiros do
município para manutenção das atividades dos consórcios deverão ser realizados
com base em dotação específica prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA),
assegurando responsabilidade fiscal e transparência na aplicação dos recursos
públicos. Além disso, o Executivo está autorizado a firmar convênios, termos de
cooperação técnica e demais instrumentos jurídicos para execução das atividades
do consórcio.
Henrique mencionou as vantagens do consórcio de saúde para
Sumaré. “A adesão do município a consórcios intermunicipais de saúde traz
diversas vantagens para a administração pública municipal, otimizando recursos
e melhorando o atendimento à população, tal prática é difundida na Região
Metropolitana de Campinas com diversos consórcios atuando no âmbito da saúde
pública, no sentido de redução de custo, promoção, proteção e recuperação da
saúde”, afirmou.
Parlamentares tornam obrigatória autoavaliação participativa
nas escolas
Os vereadores de Sumaré aprovaram projeto de lei que
estabelece diretrizes para a autoavaliação institucional participativa nas
escolas da rede municipal, tanto públicas quanto privadas, integradas ao
sistema municipal de educação. De autoria do vereador Professor Edinho
(Republicanos), o projeto visa fortalecer a gestão democrática e melhorar a
qualidade da educação no município, em consonância com as metas do Plano
Municipal de Educação.
A proposta prevê que todas as unidades escolares realizem
processos de autoavaliação de forma participativa, com o envolvimento direto de
alunos, familiares, profissionais da educação e representantes da sociedade
civil. A intenção é avaliar, de forma ampla, aspectos como condições de ensino,
infraestrutura, recursos pedagógicos, perfil da comunidade escolar e a eficácia
das práticas de gestão.
Segundo o PL, essas avaliações deverão ocorrer anualmente
até o mês de setembro, com organização e condução a cargo dos Conselhos
Escolares – cuja existência ativa passa a ser um critério obrigatório para que
a escola permaneça credenciada no sistema municipal de educação. As reuniões
dos conselhos devem ser feitas em horários que favoreçam a participação da
comunidade, assegurando ampla representatividade e debate qualificado.
Além de estimular o aprimoramento dos Projetos
Político-Pedagógicos de cada escola, os resultados da autoavaliação deverão ser
documentados em ata e encaminhados à Secretaria Municipal de Educação, à
Comissão de Educação da Câmara Municipal, ao Conselho Municipal de Educação e
ao Fórum Municipal de Educação. Esses dados também servirão como base para
revisões e melhorias nas políticas educacionais do município.
A metodologia e os instrumentos utilizados no processo
avaliativo serão elaborados pela Secretaria de Educação, com validação do
Conselho Municipal de Educação. A intenção é padronizar os procedimentos e
garantir a qualidade das informações coletadas.
Outro ponto importante da legislação é que os Projetos
Político-Pedagógicos das unidades escolares deverão incorporar as metas e
estratégias definidas no Plano Municipal de Educação, com base nos resultados
da autoavaliação. O PL também assegura que o sistema municipal de educação
forneça condições adequadas para a execução desse processo, incluindo formação
continuada para os envolvidos e divulgação dos resultados.
Para o vereador Professor Edinho, a medida representa um
avanço significativo na construção de uma educação mais democrática,
transparente e eficaz. “Estamos criando um instrumento fundamental para que a
comunidade escolar participe ativamente das decisões e da melhoria constante da
qualidade do ensino em Sumaré”, afirmou.
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