Economia
Paulínia é a cidade que mais abriu vagas na região em maio, com 515 oportunidades

Geração de emprego cai 26% na região em maio, revela Caged

Saldo regional regrediu de 364 para 269 vagas, mas Paulínia lidera com 515 postos abertos no mês, puxados pela construção civil; Nova Odessa reverteu saldo negativo de 2024 e fechou no azul

A geração de empregos formais na região teve uma queda de 26% em maio de 2025 em comparação ao mesmo mês do ano passado, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No total, o saldo regional neste ano foi de 269 vagas positivas, número inferior ao registrado em maio de 2024, quando a região havia criado 364 postos de trabalho.

O destaque positivo no mês ficou com Paulínia, que encerrou maio com um saldo de 515 novas vagas, registrando o maior crescimento entre as cidades da região. O resultado foi impulsionado principalmente pelo setor da construção civil, responsável por abrir 375 oportunidades. O setor de serviços também apresentou bom desempenho, com 141 novas contratações, seguido pelo comércio, que adicionou 95 postos de trabalho. Em comparação a maio de 2024, quando Paulínia havia registrado 133 vagas, o salto em 2025 foi significativo.

Nova Odessa também apresentou saldo positivo, com 28 vagas criadas em maio. O crescimento foi puxado principalmente pelo setor de serviços, com 87 novas vagas, seguido pelo comércio, que abriu 65 postos, e pela indústria, que teve saldo de 10 vagas. Em 2024, a cidade havia registrado saldo negativo de 76 vagas no mesmo período.

Monte Mor, por outro lado, registrou um saldo negativo de 16 vagas em maio deste ano, revertendo o resultado positivo de 52 vagas em maio de 2024. A maior queda foi observada na indústria, que fechou 38 vagas, seguida pela construção civil, com redução de 30 postos, e pelo comércio, que encerrou o mês com saldo negativo de 18 vagas.

Hortolândia encerrou 121 vagas. No mesmo período do ano anterior, a cidade já havia registrado um pequeno déficit de 13 vagas. O setor de serviços foi o mais impactado, com perda de 144 postos de trabalho, seguido pela indústria, que eliminou 50 vagas.

Em Sumaré, o saldo final foi de -137 vagas em maio de 2025, um resultado que contrasta com o desempenho registrado em maio de 2024, quando a cidade havia gerado 268 vagas. A retração foi causada principalmente pelo setor de serviços, responsável pelo fechamento de 149 postos, além do comércio, que perdeu 41 vagas.

No consolidado regional, a redução de 364 vagas em 2024 para 269 em 2025 evidencia um ritmo mais lento de contratações e um ambiente de maior cautela, sobretudo em setores como indústria e serviços, que são mais suscetíveis a oscilações econômicas e reflexos de custos. Apesar da queda geral, o resultado positivo em Paulínia e a recuperação de Nova Odessa amenizaram o impacto observado nas demais cidades.

Nacionalmente, o Brasil fechou o mês de maio com saldo positivo de 148.992 postos de trabalho com carteira assinada. Os cinco grupamentos principais resultaram em geração positiva de empregos, liderado pelo setor serviços com saldo de 70.139, seguido por comércio, com 23.258.

Na indústria, foram 21.569 novos empregos gerados, enquanto na agropecuária o saldo positivo foi de 17.348 e, na construção civil, o número de novos empregos gerados é de 16.678. Entre os estados, os maiores geradores de emprego foram São Paulo (+33.313), Minas Gerais (+20.287) e Rio de Janeiro (+13.642).

JOVENS EM ALTA

No mês de maio, a geração de postos foi mais positiva para mulheres (78.025) do que para os homens (70.967). O crescimento também foi verificado para os jovens de 18 a 24 anos (98.003), sendo maior a geração de empregos no comércio (35.901) e na indústria da transformação (20.287).

“Dos 148 mil postos de trabalho, nós temos a esmagadora maioria de jovens. Então, derruba por terra essa certeza de muita gente de que os trabalhadores jovens não estão aceitando ir para o mercado de trabalho”, disse o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

SALÁRIOS BAIXOS

Segundo ele, o que mais afasta os jovens do mercado formal são os baixos salários oferecidos. O ministro defendeu uma revisão dos pisos salariais para atrair mais os jovens ao mercado de trabalho com carteira assinada.

O emprego também foi maior para pessoas com nível médio (113.213) e para pardos (116.476). Ao grupo PCD (Pessoas com Deficiência), o saldo ficou positivo em 902 postos de trabalho. O salário médio real de admissão em maio foi de R$ 2.248,71, uma queda de meio por cento no salário médio do mês anterior.

SALDO DO EMPREGO EM MAIO

Monte Mor: -16 vagas

Paulínia: 515 vagas

Sumaré: -137 vagas

Nova Odessa: 28 vagas

Hortolândia: -121 vagas

Total regional: 269 vagas

 


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